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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Festivais de verão confirmados!





Sujeito a actualizações...

Pingo doce? Playboy? Marketing?

Criticas e mais criticas... brincadeiras atrás de brincadeiras, mas a verdade é que não se fala de outra coisa.
Acredito que tanto o pingo doce como a Rita Pereira "nua" na playboy é Marketing puro!
Quantas vezes já ouvimos falar do pingo doce estes dias? Lembram-se de algum supermercado ser tão falado?
Quem é que ainda não tive curiosidade de ver a produção da Rita Pereira na playboy? Não se fala de outra coisa!
Aplica-se o ditado " Fale mal de mim.. mas falem"



Sim a distração pega-se!

Confirmo isto a toda hora. Sou distraída compulsiva como estou farta de referir aqui.. e deparo-me com as pessoas que me são MUITO próximas a fazer coisas assim ...

Ir ao Multibanco, levantar 20€, retirar o cartão, o talão e o dinheiro?? Pois não sei! Mas alguém ganhou o dia! Não é M.M ??? 

Hoje tive 1 hora a tirar os emails das minhas clientes por um folha da excel.... Guardar???? NAOOOOOOOOOOOOOO  PARA QUÊ??? 


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Eu realmente nunca estou mal por acaso ... parece que pressinto as coisas. Até me assusta.
Melhores dias virão!

Quanto menos faço...


... menos me apetece fazer!

Estes dias de descanso fizeram me mal... Não me apetece fazer nada.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

terça-feira, 1 de maio de 2012

Como é que se esquece alguém que se ama?





Como é que se esquece alguém que se ama? Como é que se esquece alguém que nos faz falta e que nos custa mais lembrar que viver? Quando alguém se vai embora de repente como é que se faz para ficar? Quando alguém morre, quando alguém se separa - como é que se faz quando a pessoa de quem se precisa já lá não está?
As pessoas têm de morrer; os amores de acabar. As pessoas têm de partir, os sítios têm de ficar longe uns dos outros, os tempos têm de mudar Sim, mas como se faz? Como se esquece? Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. Podem pôr-se processos e acções de despejo a quem se tem no coração, fazer os maiores escarcéus, entrar nas maiores peixeiradas, mas não se podem despejar de repente. Elas não saem de lá. Estúpidas! É preciso aguentar. Já ninguém está para isso, mas é preciso aguentar. A primeira parte de qualquer cura é aceitar-se que se está doente. É preciso paciência. O pior é que vivemos tempos imediatos em que já ninguém aguenta nada. Ninguém aguenta a dor. De cabeça ou do coração. Ninguém aguenta estar triste. Ninguém aguenta estar sozinho. Tomam-se conselhos e comprimidos. Procuram-se escapes e alternativas. Mas a tristeza só há-de passar entristecendo-se. Não se pode esquecer alguem antes de terminar de lembrá-lo. Quem procura evitar o luto, prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução. Quantos problemas do mundo seriam menos pesados se tivessem apenas o peso que têm em si , isto é, se os livrássemos da carga que lhes damos, aceitando que não têm solução.
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar. Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar
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Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'